sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Entrei.
Entrei e, a primeira coisa que fiz foi retirar toda a publicidade da caixa de correio que, a partir de hoje, vai deixar de ser apenas um sítio onde os distribuidores de publicidades colocam papeis.
Depois, subi! Um mundo novo para lá da porta da entrada, muitas ideias, muitas possibilidades... acima de tudo, uma nova etapa! Bom, por enquanto, preciso ainda de me restabelecer da limpeza que foi feita a conta bancária! Foi cá um susto!!!

domingo, 28 de junho de 2009

Bajofondo - El Mareo






Depois da grande surpresa no Festival Med, aqui fica para quem gostar!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

E para o ano?

Desde o penúltimo post muitas coisas aconteceram mas, num ponto essencial, a espera continua!

Continuamos todos a espera da saída das listas. Acho que nenhum de nós tem ainda energia para se sentir angustiado com esta espera. Tem sido tão longa que gastou todas as energias.

Por outro lado, terminámos mais um ano lectivo e todos nos despedimos dos alunos, tendo a certeza de que não continuaríamos o trabalho desenvolvido neste ano, mas sem qualquer previsão sobre o que possa ser o ano lectivo seguinte. Por mim, tomei como certa a ideia de voltar para outras paragens.

É, no entanto, de partir o coração, quando os alunos nos dizem, «e agora, os professores vão-se todos embora!». Claro que, como sabemos, para o ano, eles se habituarão aos novos professores, assim como nós nos habituaremos aos novos alunos, and so on.

Foi um ano enriquecedor. Foi uma experiência única de tal modo que me apetece dizer que hoje tive a última aula do 5º ano! Não fui a única, todos eles, tiveram também a última aula do 5º ano. Durante um ano vi-vos crescer. De algum modo, e sem qualquer pretensão, conduzi um pouco esse crescimento. E isso não tem preço!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Balançar

Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

(...)
Mafalda Veiga

terça-feira, 3 de março de 2009

Esquece....

A pouco tempo do inicio de mais um concurso de professores, os nervos começam a estar à flor da pele, o estômago dói e começamos a fazer contas, tantas que se poderia dizer que envolvem altos conhecimentos de probabilidades. Aliás, acaba de me ocorrer, qual o modelo probabilístico que melhor explica a distribuição dos professores pelas escolas? Se X for uma variável aleatória que indica a distância da residência habitual à escola onde um professor está realmente colocado, suponho que X segue uma Distribuição Normal de média 50 km e desvio padrão 20 km. E que o tempo, em anos que um professor aguarda para ficar colocado a uma distância razoável, variável aleatória Y, segue talvez uma Exponencial (10 anos), etc, etc, etc, Sugiro que as próximas teses de mestrado se dediquem a estas áreas, um campo pouco explorado e prevê-se que muito dado a novas descobertas científicas.
Para além destes altos conhecimentos probabilísticos, é também relevante ter alguns conhecimentos de aritmética elementar e contar quantos professores estão a frente na lista de graduação, quantos querem manter-se mais ou menos na mesma zona, quantos querem mudar de zona, analisando exaustivamente todas as listas de colocação dos últimos 10 anos. Sim, pois, com o domínio das novas tecnologias, tornou-se possível seguir o rasto de milhares de professores. Qual Big Brother!!!
Um outro requisito essencial a estes concursos de professores é uma boa capacidade de leitura e interpretação de legislação que sai tarde e em que as regras mudam a cada ano que passa. Acho que nem os treinadores de futebol mudam de estratégia com tanta frequência. Se há 3 anos a estratégia foi convencer alguns milhares a integrarem um QZP, agora a ideia é encaminhá-los para uma escola sabe-se lá onde. A este propósito ocorre-me uma imagem de um filme que vi há umas semanas, Austrália: depois da longa caminhada para conduzir o gado até a cidade, cujo nome não me lembro, este foi conduzido ao navio, sem qualquer alternativa de escape. Pois eu sinto o mesmo - professora contratada, horários de substituição, três escolas num ano, vários anos de confusões e intrigas com o ministério da educação, reclamações não aceites, colocações duvidosas, noites sem dormir em guerra com o sistema informático criado pelos senhores da 24 de Julho, três anos muito longe de casa – uma longa caminhada, mas confiante de que no final conseguiria algo melhor, que sinceramente não sei o que seria, vejo-me agora encaminhada para um certo navio que vai de certeza dar a Vila do Bispo ou a Alcoutim. Claro que não tenho nada contra estas localidades, simplesmente são mais uns locais onde a lotaria destes concursos me poderá levar.

Portanto, em relação a esse sonho de ficar mais próxima da residência habitual, …., esquece lá isso!